- MEMÓRIAS & AUTOBIOGRAFIA (2013-2014)
Após a leitura desta obra do Nobel da Literatura, os alunos do 10º ano (2013-2014) destacaram as memórias de Saramago que mais os marcaram:
a)
No seu livro autobiográfico As Pequenas Memórias, José Saramago, que
mais tarde viria a receber o Prémio Nobel da Literatura, narra curtos episódios
desordenados da sua infância, relatando assim vários aspetos da sua vida. Um
aspeto importante desta última é, sem dúvida, a frequente mudança de de casa de
sua família e as suas condições de vida. Com efeito, o autor, cujos pais
migraram para Lisboa quando ele tinha apenas dois anos, mudou de morada dez
vezes em pouco mais de dez anos. Assim, várias ruas lisboetas são-nos referidas
ao longo do livro: Rua E do Alto da Pina, Rua Fernão Lopes, Rua Quionga... Esta
frequente mudança não era, porém, devida à limitação económica dos pais que
apesar de sempre terem vivido em quartos alugados, sempre pagaram a renda. O
escritor faz sobretudo sobre este assunto do tamanho dos apartamentos em que
viviam uma reflexão: lembra-se muito bem de dormir no único quarto dos pais,
com as baratas a correrem-lhe por cima durante a noite (“Lembro-me de dormir no
chão, no quarto dos meus pais (único, aliás, como já disse), e dali os chamar a
tremer de medo porque debaixo da cama [...] seres indecriptíveis se moviam
[...]”; p. 57). Porém, o pequeno rapaz que era, sempre teve a oportunidade de
se distrair longe das ruas lisboetas no “Casalinho” campestre dos seus avós
maternos Josefa e Jerónimo! (MR)
b)
Decidi falar dum aspeto que me chamou bastante atenção e
que é o seguinte : a data de nascimento de José Sousa ou Saramago. Sim,
José Sousa porque na realidade ao registarem o seu nome, enganaram-se e o
encarregado dessa tarefa escreveu Saramago. Na realidade, José Saramago nasceu
no dia 16 de dezembro, mas o único problema é que seu pai não estando presente
aquando do nascimento tinha 30 dias para registá-lo senão pagava uma multa.
Para não pagar essa multa, disse que o seu filho tinha nascido no dia 18 de
dezembro. « Na verdade, nasci no dia 16 de dezembro de 1922, às duas horas
da tarde, e não no dia 18, como afirma a Conservatória do Registo Civil ».
(p.51) Acho estranho uma pessoa não estar registada com a data
de nascimento certa. Quando pesquisamos informações sobre o autor temos, como
data de nascimento, 18 de dezembro e é uma data errada. Escolhi esse aspeto
porque acho interessante conhecer a verdade sobre o
autor. (EA)
c)
Sendo o livro As Pequenas
Memórias, uma autobiografia do próprio José Saramago, considero que todos
os aspetos da vida dele são interessantes. Mas o que mais chamou a minha
atenção foram sem dúvida os momentos que ele passou com os avós mas
principalmente a avó: « A lareira era pequena, só podíamos lá caber dois,
geralmente o meu avô e eu. » (p.93)
Efeitvamente ele considerava a avó como uma pessoa bondosa e faz-nos perceber, com as suas lembranças que a sua avó era uma pessoa muito importante para ele, na sua vida: «Do que me lembro muito bem é de ter a avó Carolina estado doente em nossa casa durante um tempo.” “Durante muito tempo, o cheiro de vinagre quente estava associado na minha memória à avó Carolina. » (p. 63). Mesmo depois de terem sido poucos momentos, e de já terem sido poucos momentos, e de já terem acontecido há um certo tempo, José Saramago ainda nos explica em detalhes aqueles bons momentos: « Contou-me a avó que a primeira noite a passou o avô Jerónimo sentado à porta da casa » (p.94)
Pela maneira, como o narrador nos apresenta a avó faz nos compreender que ela apreciava a avó imenso: “A avó Carolina, de todos os modos, nunca foi de expansões, por exemplo não me lembro de que alguma vez me tivesse dado um beijo” “A avó Carolina morreu quando eu tinha dez anos.” (p.62) (BR)
Efeitvamente ele considerava a avó como uma pessoa bondosa e faz-nos perceber, com as suas lembranças que a sua avó era uma pessoa muito importante para ele, na sua vida: «Do que me lembro muito bem é de ter a avó Carolina estado doente em nossa casa durante um tempo.” “Durante muito tempo, o cheiro de vinagre quente estava associado na minha memória à avó Carolina. » (p. 63). Mesmo depois de terem sido poucos momentos, e de já terem sido poucos momentos, e de já terem acontecido há um certo tempo, José Saramago ainda nos explica em detalhes aqueles bons momentos: « Contou-me a avó que a primeira noite a passou o avô Jerónimo sentado à porta da casa » (p.94)
Pela maneira, como o narrador nos apresenta a avó faz nos compreender que ela apreciava a avó imenso: “A avó Carolina, de todos os modos, nunca foi de expansões, por exemplo não me lembro de que alguma vez me tivesse dado um beijo” “A avó Carolina morreu quando eu tinha dez anos.” (p.62) (BR)
d)
Um aspeto da vida do Nobel da
literatura referido na obra e que tenha retido a minha atenção foi a família
Barata. Na família Barata havia o pai que se chamava João, a mãe Conceição, o
filho era Leandro e a filha chamava-se Domitília. Gostei deste aspeto da vida
do autor porque achei esta família original e engraçada. Originial pelo nome “Barata”,
que também é um nome de insecto. Engraçada pelo fato de José Saramago ter
vivido um amor de infância com Domitília. “ Quanto a Domitília, fomos
apanhados, um dia, ela e eu, metidos na mesma cama, a brinca ao que brincam os
noivos, ativos, curiosos de tudo quanto no corpo existe para ser tocado,
penetrado e remexido” (linhas 7,8,9 e 10 p.42)
Da maneira como ele escreveu,
usando palávras e vocabulário fácil, podemos perceber muito bem os seus
sentimentos e o que ele viveu com esta família. “ Chamava- se Félix e com ele
sofri uma das minhas piores assombrações nocturnas, seguramente causadas, todas
elas, pelas horripilantes fitas que então nos davam a vere que hoje só dariam
vontade de rir.” ( linhas 10,11,12,13 e 14 p. 39)
Ele gostava muito desta família
apesar de achar injusta a maneira como o tio,
tratava o filho, Leandro, nao parando de o chamar de “Burro”. “Berrava-
lhe o tio: “Acelga, meu Burro, acelga!”, e o Leandro, já a espera da estalada,
repetia: “ A cega”. (linhas 29,30 p. 41) (AG)
e)
Um dos aspetos da vida de José Saramago na obra As
Pequenas Memórias foi o facto de ele e sua família terem tido como vizinhos
durante certo tempo a família de polícias, os Barata. Este ponto reteve a minha
atenção primeiramente por causa dos longos parágrafos a tratar deste assunto
(pp.38-42), pela descrição muito minuciosa de cada membro da família Barata
(« (…) os Baratas eram dois irmãos (…) » (p.39) « (…) chamava-se António (…) »
(p.40), « Tinham dois filhos (…) » (p.40)) e também simplesmente pelo
nome original desta família que me ficou registado na memória. (« barata »
é o nome de um inseto que não aprecio muito). Finalmente, este ponto reteve a
minha atenção pela originalidade e diversidade das personagens evocadas. (ER)
f)
Um aspeto da vida do Nobel da
Literatura que mais reteve a minha atenção foi quando o seu pai declarou o seu
segundo filho. De facto, o homem que se encarregava disso estava bêbado e
acrescentou Saramago a José de Sousa. O filho passou a ter um nome diferente do
da família. Este erro só foi descoberto quando o menino atingiu os sete anos e o
pai teve que o matricular na instrução primária. “Entrei na vida marcado com
este apelido de Saramago sem que a família o suspeitasse, e foi só aos sete
anos, quando para me matricular na instrução primária, foi necessário apresentar
certidão de nascimento, que a verdade saiu nua do poço burocrático, com grande
indignação de meu pai, a quem, desde que se tinha mudado para Lisboa, a alcunha
desgostava.” (ll. 15-22, p. 48) E para não ter problemas com a justiça o pai teve
de mudar também o seu nome. “ Suponho que deverá ter sido este o único caso, na
história da humanidade, em que foi o filho a dar o nome ao pai.” (ll. 1-3, p.
49) É estranho ter de mudar de nome ou acrescentar um outro apelido quando
nascemos, porque podemos ter a sensação de ser outra pessoa ou mesmo um
estrangeiro.
O que também mais me interpelou
neste livro foi o facto de o autor não ter a data exata do seu nascimento no
Registo Civil pois o seu pai trabalhava no dia do seu nascimento e só pôde
registá- lo no dia 18 de novembro. “Na verdade nasci no dia 16 de Novembro de
1922, às duas horas da tarde,e não no dia 18, como afirma a Conservatória do
Registo Civil.” (linhas 16 até 18 p. 51)
Devia ser difícil para o autor
de ter de viver com todas essas dúvidas ao longo da sua infância. (AP)
g)
h)
Um
dos aspetos da vida de José Saramago que reteve mais a minha atenção foi o
episódio no qual ele nos conta que nasceu no dia 16 só que oficialmente ficara
escrito que só nasceu no dia 18, pois há um tempo máximo para registrar os
filhos, só que o pai de Saramago não estava em casa quando o escritor nasceu,
portanto ele foi registado no dia 18. O narrador fala de esse aspeto da sua
vida nas segundas citações : « Na verdade, nasci no dia 16 de
Novembro de 1922, às duas horas da tarde, e não no dia 18, como afirma a
Conservatória do Registro Civil » (p.51) e « Foi o caso que o meu pai
andava nessa altura a trabalhar fora da terra » (p.51). Esse foi o aspeto
que mais marcou-me porque o meu bisavô está no mesmo caso de José Saramago. Embora
ele ter nascido no dia 29 de julho, oficialmente ele nasceu no dia 4 de Agosto
pelas mesmas razões que o autor. Pude então relacionar-me com a confusão que
ele deve ter sentido durante a vida por causa disso por ter assistido a vários
dos seus aniversários. (JM)
h)
Um dos episódios que me chamou a atenção foi o do arame.
Chocou-me pois lembrou-me que as brincadeiras das crianças na altura, eram não
só estranhas mas também perigosas. De facto, não vejo qual o prazer de três
crianças a enfiar o fio de arame pela uretra de um rapaz. Ao contrário, se
estivesse na posição dos três miúdos, até estaria com nojo. Penso que fizeram
esse acto mesmo por maldade! Só pararam quando o rapaz começou a sangrar. Este
episódio foi o que menos apreciei na obra inteira. Saramago teve uma infância
difícil e isso vê-se em vários momentos, este é um deles: “À força (a minha
débil resistência de nada podia servir), três ou quatro rapazes crescidos
levaram-me para lá. Empurraram-me, atiraram-me ao chão, despiram-me os calções
e as cuecas, e, enquanto uns me prendiam os braços e as pernas, um outro
começou a introduzir-me um arame na uretra.”; “Talvez o sangue abundante que
começou a sair do meu pequeno e martirizado pénis me tenha salvo de pior.” (p.
122) (AS)
i)
José
Saramago é uma das figuras mais relevantes da literatura portuguesa pela sua
obra. Também se inscreveu na literatura internacional ao receber em 1998 o
Prémio Nobel da literatura. O autor decidiu escrever uma autobiografia de forma
muito pessoal. Escolheu não fazer uma narração cronológica, mas segue o fluxo
das suas ideias e das suas lembranças até aos quinze anos.
Nesta
obra encontramos um número considerável de factos interessantes. Um de que me
lembro bem é o episódio com a vizinha Deolinda. Ela, de longe, atrai o autor,
mas este descobre nela um defeito que não lhe agrada:" Ela era muito
bonita, de rostinho redondo, mas, para meu desprazer, tinha os dentes
estragados [...]"(p.47) Todavia, José Saramago teria gostado que a menina
mostrasse mais interesse na sua pessoa. A sua timidez impediu-o de ir falar com
ela.
A
vida de Saramago oferece-nos assim uma metáfora realista: as coisas e as
pessoas podem atrair-nos de longe ou à primeira vista mas assim que as
conhecemos melhor, podemos encotrar-lhes defeitos. Tal é finalmente revelante
pois no final da obra, o autor explica que talvez fosse mais jovem do que
estimava neste episódio, ilustrando o facto de as lembranças serem tão
aleatórias e mesmo voláteis...(TPDC)
j)
Na obra de
José Saramago, "As pequenas memórias" houve sobretudo dois momentos
em que fiquei surpreendida. No momento em que ele fala da data de nascimento e
do seu nome. El explica que o pai, quando foi declarar o nascimento do seu
filho, mentiu sobre a data de nascimento. O pai chegou depois do tempo e teve
que atrasar em 3 dias o nascimento para não pagar nenhuma multa: «Na verdade,
nasci no dia 16 de novembro de 1922, às duas horas da tarde, e não no dia 18
como afirma a Conservatória do Registo Civil. Foi o caso que meu pai andava
nessa altura a trabalhar fora da terra, longe, e, além de não ter estado
presente no nascimento do filho, só pôde regressar a casa depois de 16 de
Dezembro, o mais provável no dia 17, que foi domingo. É que então, e suponho que
ainda hoje, a declaração de um nascimento deveria ser feita no prazo de trinta
dias, sob pena de multa em caso de infração.» (página 51). E por causa do nome:
quando o pai foi declarar o nascimento do filho o homem que o atendeu, em vez
de pôr "José Sousa" acrescentou "Saramago". O que deu o
nome "José Sousa Saramago" (o homem estava bêbado): «Que indo o meu
pai a declarar no Registo civil da Golegã o nascimento do seu segundo filho,
sucedeu que o funcionário (chamava-se Silvino) estava bêbado (por despeito,
disso o acusaria sempre meu pai), e que, sob os efeitos do álcool e sem que
ninguém se tivesse apercebido da onomástica fraude, decidiu, por sua conta e
risco, acrescentar Saramago ao lacónio José de Sousa que meu pai pretendia que
eu fosse.» (página 48). Este momento foi importante para mim porque o
nascimento é o início de uma história, e a história dele começou com alguns
defeitos. (MR)
- MEMÓRIAS
2014 - Vision des camps d'Auschwitz-Birkenau par les jeunes franciliens (visita da exposição na biblioteca da escola - para mais informações sobre estes textos de memória clicar aqui)
Depois de visitarem a exposição, os alunos escolheram o seu cartaz preferido, descreveram-no prestando atenção:
a) à imagem;
b) ao texto;
c) à relação entre imagem e texto;
d) explicando a escolha do cartaz em detrimento dos restantes que compõem a exposição.
I.
O nosso
cartaz preferido foi o do Lycée Théophile Gautier (Beaumont-sur-Oise)
intitulado "AUSCHWITZ –BIRKENAU, Vivre ou Mourir ? ".
A imagem de fundo
é o desenho de um caminho-de-ferro em direção a um campo de concentração. Nos
lados há seis imagens que evocam as condições de vida nos campos de
concentração com algumas legendas que nos relembram as condições miseráveis nas
quais viviam as vítimas do regime político da época. As três linhas de
caminho-de-ferro têm o mesmo destino, o que pode representar o facto de ser
bastante complicado escapar às autoridades nazis da altura. Por outro lado, as
legendas e as imagens são bastante expressivas e embora não estejam presentes
em grande quantidade dão-nos uma ideia geral do que foi a vida em Auschwitz de
forma bastante realista e algo chocante que marca o nosso espírito e que fica
registado nas nossas memórias.
A crueldade
e a frieza presente nos tratamentos dados aos prisioneiros é aqui marcada pela
ironia como, por exemplo, através da frase : "Des morts-vivants plutôt ques des survivants.".
A simplicidade
e a subtileza eficazes, neste cartaz, agradaram-nos bastante e foi por isso que
o elegemos o melhor cartaz da exposição, mesmo se a nosso ver, os outros
cartazes também são de excelente qualidade. (MR + EA + CMS)
II.
a)
O cartaz que escolhemos intitula-se “Revenir d’Auschwitz”. Começa por tratar diferentes aspetos que marcaram os poucos judeus que sobreviveram.
O cartaz que escolhemos intitula-se “Revenir d’Auschwitz”. Começa por tratar diferentes aspetos que marcaram os poucos judeus que sobreviveram.
Ao
olharmos para o cartaz vemos em primeiro plano uma linha ferroviária, que nos
dá a impressão de estar a chegar ao campo de concentração de Auschwitz. Tanto a
Camille como eu tivemos arrepios só de se imaginar a chegada num vagão a ver a
entrada para um campo de concentração. As cores sombrias, preto e branco,
acentuam esta imagem marcante. É horrível imaginar-se que milhões de pessoas
passaram por esta estrada e muito poucas por ela saíram.
O cartaz apresenta quatro fotografias e um
mapa. O mapa mostra a fuga dos soldados nazis com os prisioneiros judeus, para
os exterminarem noutros campos de concentração quando o exército vermelho
(russo) chegou.
Entretanto aparecem quatro textos. O primeiro
intitulado “La Libération” dá-nos a conhecer a chegada da armada russa.
Trata-se de um documento importante que nos transmite a razão pela qual os
Nazis fugiram de Auschwitz.
O
segundo texto (“Le long chemin de
retour”) informa-nos sobre a dificuldade dos judeus em salvarem-se do campo
quando os Nazis fugiram pois a maior parte teve que o fazer pelos seus próprios
meios, tendo que resistir ao frio, à fome... Este texto marcou-nos pois criou
em nós um sentimento de tristeza e de preocupação em relação a todos esses
judeus.
No
terceiro texto (“Les Retrouvailles”)
dizem-nos como foi difícil o regresso dos poucos judeus sobreviventes a França.
Ficamos a saber que a Cruz Vermelha teve uma importância fundamental junto dos
judeus, ajudaram-nos, trataram-nos em hospitais...
O
último parágrafo (“Reprendre
une vie normale?”) informa-nos que dos 76 000 deportados judeus
franceses, apenas 2500 voltaram a França. A sociedade francesa estava preparada
para os ouvir. Alguns tentaram esquecer tudo rapidamente para se integrarem na
sociedade francesa, mas muitos deles não o conseguiram por causa dos problemas
psicológicos, como a ansiedade. Começaram a testemunhar unicamente nos anos 80.
Estes quatro textos são
trágicos, mas transmitem-nos informação importante sobre Auschwitz e a
dificuldade que foi esquecer tudo o que aconteceu e o que foi vivido.
Aconselhamos todos a
lerem este cartaz! (AS + CA)
b)
b)
Escolhemos
o cartaz do Lycée François Villois (Mureaux) intitulado: REVENIR
D’AUSCHWITZ.
Esse
cartaz chamou a nossa atenção pela sua originalidade, porque evoca o regresso
dos deportados de Auschwitz à vida normal. Com esse assunto, pensávamos que o
tema abordado ia ser positivo e feliz. Escolhemos este cartaz porque é um dos únicos
a abordar este assunto interessante.
O
que também nos chamou a atenção é a boa apresentação do cartaz, ele é completo,
tem muitas informações ilustradas por fotografias bem escolhidas. As cores e o
tipo de letra do cartaz tornam-no agradável de ver. Além disso, a fotografia do
fundo, a principal, é cativante, porque dá uma impressão ao leitor de estar a chegar
à saída do campo de concentração e ao fim da guerra. Também consideramos
original o mapa do cartaz pois existem poucos mapas na exposição, mostrando bem
o caminho seguido pelos deportados.
O
cartaz é claro, está divido em quatro
partes, de forma cronológica. No primeiro texto, conhecemos a realidade que os
deportados viveram, alguns conseguiram sobreviver à fome e às doenças, mais a
maior parte não teve essa sorte.
Os
textos estão bem ilustrado com citações, o que nos agradou. Por exemplo no
segundo texto com uma citação de Yvette Levy : « Não havia ninguém para
nos ajudar ». Ela fala então do regresso dos deportados que quando não eram
ajudados por famílias checas e polacas deviam esperar muito tempo antes de
receberem ajuda.
Os
textos são também reforçados com referências a factos reais. Por exemplo,
sabemos com o quarto texto que só voltaram a França 2500 dos 7600 judeus franceses
que deixaram o país antes da guerra. Muitos dos sobreviventes guardaram
sequelas, como problemas psicológicos ou de ansiedade. Para concluir escolhemos
esse cartaz pela sua clareza e originalidade na abordagem do tema. (AA + TG)
c)
c)
Este póster apresenta a dificuldade e as condições das vítimas regressando do campo de concentração de Auschwitz. Mesmo se alguns já tinham sido libertados pelos nazis, nem sempre todos conseguiram essa libertação. As cores dominantes – o preto e o branco - são sombrias e estão em sintonia com o tema abordado. Destacam o tempo que passou, o desespero e a dor sofrida por estes prisioneiros do campo de Auschwitz.
Achamos que os quatro textos que acompanham as imagens são muito atraentes pois apresentam a informação de maneira detalhada e de forma a que o leitor fique surpreendido com a história recordada pelo cartaz: "Ma mère ne m'avait pas reconnue, et moi non plus, elle m'a donc appellée au micro". É incrível como certas pessoas depois de suportarem anos nos campos de concentração, morreram no regresso a casa por falta de meios. A imagem de fundo mostra um caminho férreo vazio, uma imagem bem escolhida e bem colocada no cartaz, pois defende bem a ideia do longo e penoso caminho de regresso a uma vida normal, do regresso à paz.
Por último, mas não menos importante, temos o título cuja importância não podemos descurar já que introduz claramente o tema do cartaz ao leitor. (MF+DG)
Este
cartaz é na minha opinião o mais interessante. É um cartaz original que põe em
valor o sofrimento dos deportados de Auschwitz.
O TEXTO
Os alunos deste liceu tiveram a ideia mais inteligente quanto ao texto. De facto, este cartaz não só tem uma pequena introdução que resume o massacre feito pelos nazis, 6.000.000 de mortes, como também recolhe vários testemunhos de deportados. É interessante poder recordar este período histórico através da experiência pessoal das vítimas deportadas que contam as suas próprias histórias.
AS IMAGENS
As imagens foram bem escolhidas. Temos a escolha entre imagens dos anos 40 e do século vinte. Todas as imagens são tiradas de campos de concentração. Temos uma imagem do comboio aludindo às condições em que os deportados viajavam, uma imagem que mostra todos os bens confiscados aos prisioneiros ("vêtements, chaussures, dents en or, et même les prothèses des invalides."). Escolheram também imagens mostrando o interior e o exterior dos campos o que mostra aos visitantes da exposição o ar de prisão que tinham estes. Até temos uma fotografia das ruínas de um campo.
ORIGINALIDADE
Gostei da citação que introduz o cartaz "Arbeit macht Frei" o que supõe que graças ao trabalho e à resistência física, e sobretudo mental, dos deportados, eles podiam reencontrar a liberdade. Os testemunhos apresentados em bolhas de banda desenhada dão originalidade ao cartaz que não é muito colorido o que está em sintonia com a tristeza e a tragicidade do tema abordado.
O melhor cartaz da exposição! (EP)
IV.
O
cartaz que preferimos foi o do liceu Jehan de Chelles intitulado “ Auschwitz-Birkenau ou comment détruire
l’humain.”
Primeiro,
o título introduz bem o tema abordado: o horror no campo de exterminaçao de
Auschwitz. O cartaz baseia-se inteiramente no título sem transbordar o tema:
este campo é uma máquina de aniquilamento do ser humano. Este trabalho está
dividido em três partes claras: a deportação, o enclausuramento e a submissão
das vítimas.
Segundo,
os textos são poucos mas eficazes. De facto, os realizadores deste trabalaho
poram citações constructivas a fim de não estorvar o cartaz e completar as
imagens. As citações escolhidas dão mais vida ao cartaz e enriquecem a
compreensão do assunto abordado.
Terceiro,
as imagens são a grande força deste cartaz. De facto, cada imagem tem um sentido.
Por exemplo, mostrar o número de mortes através de um monte de sapatilhas, ou
mostrar a solidão das vítimas quando se vê um homem, sozinho, de perfil, numa
posição que exprime a solidão e o cansaço. Os numerosos retratos de várias vítimas
desfocadas em segundo plano destacam o número de mortos por causa da raiva
nazi.
Enfim,
os realizadores deste trabalho não se limitam a dar informações objectivas,
interpretam-nas a fim de nos fazer perceber da gravidade destes acontecimentos
que foram os campos de concentrações. Por exemplo, não só se dá o número de
mortos no campo de exterminação de Auschwitz, mas também compara este número à
população de Seine-et-Marne, o que nos ajuda a ter uma noção da quantidade de vítimas.
(MG+PV+TPDC)
V.
a)
« Au bout de ces rails…que voit-on
vraiment ? »
Neste cartaz a cor cinzenta é omnipresente. Temos vários
tons de cinzento, uns mais claros e outros mais escuros. O cartaz està dividido
em 3 partes.
Na primeira parte, o fundo é cinzento claro,
onde estão escritas frases pretas. Se nos aproximar-nos mais do cartaz podemos
observar retratos de pessoas. Podemos interpretar esses retratos como sendo os
das vítimas do campo de concentração.
Na
segunda parte do cartaz as cores são mais escuras, um caminho-de-ferro está
representado e na linha do horizonte destaca-se o que se supõe ser um campo de
concentração. No topo desta parte està escrito algo que nos pode ajudar a
perceber a mensagem do cartaz “Au bout de
ces rails... que voit on vraiment?” e em baixo da imagem recordamos “L’essentiel est invisible aux yeux” uma
citação do Principezinho de Saint-Exupéry.
A terceira parte é igual à primeira à exceção
dos retratos que se transformaram no que se supõe ser uma parede eletrificada.
Gostamos
deste cartaz pelas duas frases que estão escritas na segunda parte. Achamos
estas frases muito enigmáticas, ajudam-nos a perceber a mensagem que os autores
do cartaz nos querem fazer passar. Ao fim do caminho-de-ferro distinguimos um
campo de concentração. As duas frases podem significar que os deportados não
sabiam muito bem para onde eram levados só no fim do caminho-de-ferro podiam
perceber um campo de concentração. Podemos interpretar o fim da vida dos
passageiros dos comboios, neste caso os judeus. O que se vê realmente ao fim
deste caminho é a morte. (AG+AP)
b)
O nosso cartaz
preferido foi o do liceu Darius Milhaud (Le Kremlin-Bicêtre)
Sabemos que os
campos de concentração foram muito cruéis, e que de certeza, nunca ninguém
esquecerá o de Auschwitz. Para nós foi este o cartaz que melhor transmitiu o
sofrimento pelo qual passaram os detidos. Primeiro pela imagem central deste
cartaz. Podemos ver, no primeiro plano, duas silhuetas de ferro, que podem
representar uma família porque podemos distinguir o corpo de uma mulher, de um
homem e duma criança, são corpos sem alma, sem qualquer vida. Estas silhuetas fazem
referência aos detidos que eram considerados como sendo uma raça inferior,
seres sem vida. No segundo plano, que está desfocado, podemos distinguir a
entrada do campo de concentração que parece ser o de Auschwitz. O facto desta
imagem estar desfocada reflete o espírito e a mentalidade dos detidos que não
sabiam para onde iam e o que os esperava. O segundo plano também faz referência
ao título: «Au bout de ces rails... Que
voit-on vraiment ?» ou seja «No
fim destes carris... Que vemos nós realmente?», pois não vemos quase nada a não
ser um exterior que não nos deixa ver o que pode acontecer por trás de uma
porta de entrada. O subtítulo «L’essenciel
est invisible pour les yeux», que significa «O essencial é invisível aos
olhos», citação retirada do livro O principezinho (que representa, entre
outras coisas, a liberdade da imaginação e a liberdade de pensar) aqui torna-se
muito contraditório, quando comparado com o tema da exposição, pois os detidos
eram levados para os Campos de Concentração por não poderem pensar ou serem
aquilo que queriam, por terem uma religião específica. Esta citação relembra-nos
que a frase «as aparências iludem» se aplica perfeitamente ao ocorrido em Auschwitz-Birkenau
(e em outros campos de concentração) já que durante a guerra não se sabia o
horror praticado pelos nazis. Até a população civil alemã desconhecia o que
ocorria por trás das fachadas destes campos. O poema que acompanha a imagem
transmite emoções fortes e alude à total ignorância e inocência das pessoas que
eram levadas para os campos de concentração, não sabiam para onde iam, e o que lhes
iria acontecer. Agora sabemos a verdade, tudo aquilo que aconteceu e o
sofrimento pelo qual passaram os prisoneiros. Graças a exposições deste tipo
realizadas por colegas nossos do ensino secundário! (MV+AF)
VI.
a)
O nosso cartaz favorito é « Le poids d’un souvenir ». Este último capta diretamente a atenção do espetador pela profundidade da fotografia usada em último plano. Além disso, a apresentação e as cores retratam perfeitamente o ambiente macabro do campo de concentração. A sucessão de palavras-chave no centro da composição tem como objectivo representar os sentimentos dos deportados, que avançam a pouco e pouco em direção à morte. Esta decadência de palavras sobressalta e é sublinhada pela cor vermelha usada, cor do sangue e da morte, que faz diretamente nascer no espetador um sentimento de compaixão pela violência sofrida por todos esses inocentes. As imagens nos quatro cantos do cartaz destacam o facto de o holocausto não só ter roubado a vida de milhões de judeus, mas também põe em destaque as recordações que ele suscita, daí o título « Le poids d’un souvenir », isto é « O peso duma lembrança ». Este título representa o peso que temos na nossa consciência, como o peso de todos os objetos pessoais que os deportados nos deixaram.
O nosso cartaz favorito é « Le poids d’un souvenir ». Este último capta diretamente a atenção do espetador pela profundidade da fotografia usada em último plano. Além disso, a apresentação e as cores retratam perfeitamente o ambiente macabro do campo de concentração. A sucessão de palavras-chave no centro da composição tem como objectivo representar os sentimentos dos deportados, que avançam a pouco e pouco em direção à morte. Esta decadência de palavras sobressalta e é sublinhada pela cor vermelha usada, cor do sangue e da morte, que faz diretamente nascer no espetador um sentimento de compaixão pela violência sofrida por todos esses inocentes. As imagens nos quatro cantos do cartaz destacam o facto de o holocausto não só ter roubado a vida de milhões de judeus, mas também põe em destaque as recordações que ele suscita, daí o título « Le poids d’un souvenir », isto é « O peso duma lembrança ». Este título representa o peso que temos na nossa consciência, como o peso de todos os objetos pessoais que os deportados nos deixaram.
Podemos referir ainda a maneira
de apresentar as informações no cartaz, muito simples de compreender. A leitura
por pontos facilita a compreensão: o leitor vai diretamente ao essencial e não
se aborrece com uma leitura exaustiva nem inútil. Assim, aparecem unicamente
algumas datas e alguns números importantes para a mensagem que se quer
transmitir.
Por outro lado, gostamos muito da
citação situada abaixo do título, que revela a intenção dos alunos ao criar este
cartaz e divulgar o que aconteceu em Auschwitz. Com efeito, « aquele que não
se lembra da história está condenado a repeti-la », o que nos leva a tomar
consciência do que se passou realmente num campo de concentração, para evitar
que um drama deste género aconteça de novo.
Por fim, podemos dizer que este
cartaz transporta o leitor ao mundo obscuro, cheio de violência e agressividade
que se viveu no campo de concentração de Auschwitz-Birkenau. (MR+ER)
b)
Nesta exposição estavam
expostos alguns cartazes de varios liceus diferentes sobre o campo de
concentração de Auschwitz e os seus acontecimentos. Muitos me chamaram a
atenção, mas aquele que a “monopolizou” foi o cartaz do liceu Marie Curie.
Este cartaz chama a
atenção do observador pela cor vermelha que sobressai à imagem de fundo do
campo de Auschwitz. O seu título “ Le Poids d’un Souvenir” é enigmático e
profundo. Contrasta com o texto situado na parte direita do painel onde está
escrito o número de mortos. As lembranças não são só uma, são 1,3 milhões por
isso o seu peso é enorme. A imagem de fundo é a entrada para o campo de
concentração, é uma imagem sinistra pois o campo está vazio e lembramo-nos de
todas as pessoas que passaram por lá. As suas cores tristes e a pobreza do cenário
relembram-nos o horror de Auschwitz. No centro do cartaz estão várias palavras
por ordem crescente do que representou para um deportado este campo de
concentração. Começa por “porquê?” e acaba com “morte” passando por
“desumanização” “imoral”.
À esquerda, simetricamente
ao texto da direita, algumas datas importantes da vida do campo: 27 de abril de
1940 - abertura do campo, unicamente destinado ao enterro dos polacos mortos.
18 de abril de 1941 - primeiros judeus deportados. 18 de janeiro de 1945 -
evacuação geral de Auschwitz. E por baixo o seu objetivo: Erradicar os
“parasitas” para que a raça Ariana possa sobreviver. Os detidos não eram mais
nada, só possuíam um número tatuado nos seus corpos, para servir de identidade.
Mais uma vez o titulo
contrasta com elementos do painel. Neste caso são as duas imagens à esquerda e
à direita deste. Num lado, centenas de sapatos, no outro, dezenas de panelas.
Elas representam todas as pessoas que passaram por aqui e alimentam a nossa
imaginação quando olhamos para a imagem de fundo. Este cartaz é realista pois
as portas do campo esta abertas à nossa frente como se fossemos deportados e
estivessemos às portas da “morte”. Felizmente trata-se de uma imagem. E por
isso imaginamos o horror que as pessoas viveram.
Na minha opinião este
cartaz é o melhor, homenageando todos os deportados e dando uma imagem sinistra
e realista do campo de Auschwitz. (MD)
VII.
Na exposição visitada este cartaz é para nós o mais
interessante por várias razões. Umas delas é a disposição das diferentes
ilustrações. O cartaz é composto por uma pirâmide central, por um poema à
esquerda e por fotografias… A forma
piramidal no centro atrai o olhar e quando nos aproximamos mais do póster descobrimos
outros elementos mais discretos (fotografias das vítimas, documento de
identificação, o crematório...). Em comparação com outros cartazes, esse é mais
claro, e como texto tem só um poema. Da autoria de Joseph Edery Wekine onde se
denuncia a falta de consideração que temos hoje em dia por aquilo que se passou
há cerca de 70 anos. Refere também as vítimas da injustiça nazi “que reste-t-il parmis ces corps et ces
civils / Qui par malheur étaient nés Juifs” Isso é mais pungente que um
texto, atinge-nos em termos de sentimentos. Até temos a impressão que ele fala
em nome de todos os judeus que morreram nos campos de concentração. Este simples
poema marca-nos profundamente na consciência, o eu lírico faz-nos sentir
culpados por termos esquecido, “oui que
reste-t-il aujourd’hui de ces crimes inutiles ?/ Une maison en carton et des
piscines inutiles !”. Com as duras palavras utilizadas, e ao mesmo tempo
sensíveis, faz com que o leitor consiga ficar emocionado na leitura. O arame farpado
que envolve a pirâmide acrescenta uma ponta de violência à mensagem do cartaz, semelhante
à violência desses atos antissemitas. (KL+JMS)
O
que resta depois da Segunda Guerra Mundial... “Nothing”
O cartaz que mais nos
marcou foi o do Liceu Internacional “76252”, dedicado a Marlyse
Marx-Wittenberg.
Com apenas uma imagem
como fundo, chama-nos mais a atenção e é mais atrativo para o visitante da
exposição, porque tendo pouco texto focamos o olhar no significado da imagem,
que costuma ser, num cartaz, a parte mais apelativa. Os limites de um campo de concentração
do qual reconhecemos o arame farpado, os muros altos e velhos, sem aberturas e
edifícios que parecem prisões. No cartaz, encontramos duas chaminés de pedra
nos edifícios baixos e cinzentos rodeados por muros exteriores: estas remetem
para a forma cruel e desumana como foram mortos grande parte dos 60 milhões de
pessoas que morreram durante a guerra de 1939-45, nas câmaras de gás nazis,
atacados com armas químicas que não podiam combater.
Toda a composição do
cartaz passa a ideia de prisão, de injustiça, de horror que foi o Holocausto. O
corvo preto no poste de eletricidade, em primeiro plano, não augura nada de
bom, e simboliza a morte, uma tragédia, todos os mortos e sacrificados da
guerra.
O poema “NOTHING”, em
baixo à esquerda, escrito por Louis Jamart, que é o único texto do cartaz, evoca
o “nada” que resta de todos os que foram aniquilados, apagados da superfície da
Terra, durante esta horrível guerra, como nos mostra esta estrofe:
“Strand by strand, hair by hair, shoe by suitcase,/ signs
of life within death, but here life is/ Nothing” (ICR+FB)
IX.
O nosso cartaz preferido é "Survivre à Birkenau", porque
o texto está completo, ensina-nos muitas coisas interessantes sobre este campo
de concentração, e é ilustrado por imagens muito bem escolhidas e apropriadas.
O cartaz foi realizado pelos alunos da CFA du Garac, em Argenteuil.
O tema principal do painel são as
condições de vida (alimentação, doenças, higiene, a "chamada", e um
campo de concentração específico: o de Birkenau). Este tema sensibiliza e afeta
o leitor porque mostra claramente o sofrimento que os deportados viveram.
Também há uma estrela de David no centro que nos interpela por ser o símbolo da
discriminação dos nazis para com os judeus. A imagem de fundo permite-nos
visualizar o ambiente em que os judeus viviam, é uma imagem a preto e branco,
com caminhos-de-ferro vazios, e muito campo à volta, uma imagem que nos faz
sentir a tristeza do local.
No parágrafo intitulado "L'appel", podemos perceber
que quando os chefes alemães decidiam, os prisioneiros tinham de se reunir num
sítio específico (o sítio da "chamada") e no caminho, apanhar e levar
com eles os cadáveres das pessoas que morriam durante a noite. Na imagem
correspondente observamos uma multidão de pessoas reunidas como se estivessem à
espera de ordens superiores.
No parágrafo intitulado "L’hygiène", a imagem ilustra
o texto que nos explica que os judeus se lavavam, iam à casa de banho e viviam
na sujidade. Durante a Segunda Guerra Mundial, os judeus só podiam tomar banho
de quatro em quatro meses e além disso, tinham de limpar as sanitas apenas com
uma pá. A imagem representa um sanitário extremamente básico: as sanitas eram
um simples bloco de pedra com buracos redondos onde as dejeções se sobrepunham.
Em "Le
travail", o texto explica-nos que os deportados trabalhavam no mínimo
12 horas por dia, e percebemos que a duração de vida nos campos e em condições
tão extremas não ultrapassava 9 meses. Na imagem que corresponde a esta
questão, observamos que o trabalho é muito duro: os deportados cavam com uma pá
o dia inteiro.
No parágrafo seguinte intitulado "Les maladies", aprendemos que
devido às más condições de vida, os prisioneiros adoeciam frequentemente, o que
todos temiam, porque adoecer significava que não podiam trabalhar, e isso aproximava-os
da morte. Neste ponto, o texto não está ilustrado por qualquer imagem.
"La
nourriture" é um parágrafo que nos mostra que havia
uma falta de alimentos para os deportados, o que provocava muitas doenças.
Também nos diz que eram alimentados com poucas rações. A imagem representa um
grupo de homens extremamente magros, quase esqueléticos, o que nos impressionou
bastante.
Por fim, no último parágrafo, é-nos
apresentado o campo de Birkenau, o tema principal do cartaz, que foi construído
para acolher os detidos nas guerras soviéticas: nele viveram mais de 1 milhão
de judeus, mais de 960000 homens foram gaseados mal deram entrada no campo de
concentração. (AR+IR+CS)
X.
(JM+BR)
- DIÁRIO
UMA SUGESTÃO DE LEITURA QUE COMPLEMENTA MUITO BEM A EXPOSIÇÃO QUE VISITÁMOS NO CDI NESTE FINAL DE ANO LETIVO (2013-2014):
Sinopse:
Em abril de 1945, cerca de um ano após ser presa pelos nazistas e enviada como prisioneira para Auschwitz, Lili Jaffe (cujo nome de solteira era Lili Stern) foi salva pela Cruz Vermelha e levada à Suécia. Lá, ela anotou num diário os principais acontecimentos por que havia passado - a captura pelos alemães, o cotidiano no campo, as transferências para outros locais de trabalho, mas também a experiência da libertação, a saudade dos pais e a redescoberta da feminilidade. Esse diário foi o ponto de partida para este livro, escrito e organizado por Noemi Jaffe. Na obra, três gerações de mulheres da mesma família se debruçam sobre o horror de Auschwitz, no impulso - tão imprescindível quanto vão - de, como observa Jeanne Marie Gagnebin, tecer um agasalho 'contra a brutalidade do real'.
ISBN-13: 9788573265026
Idioma: português
Encadernação: Brochura
Altura: 21 cm
Largura: 14 cm
Peso: 0,271 kg
Edição: 1ª
Ano de Lançamento: 2012
Número de páginas: 240
in http://www.livrariacultura.com.br/scripts/resenha/resenha.asp?nitem=30372013&ranking=2&p=noemi&typeclick=3&ac_pos=header&origem=ac, consultado a 27-5-2014.
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- CAMÕES LÍRICO
- CARTA
- RETRATO
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