PEQUENAS MEMÓRIAS (José Saramago) & DEVER DE MEMÓRIA (apreciando cartazes sobre o Holocausto)




    •  MEMÓRIAS & AUTOBIOGRAFIA (2013-2014)
Pequenas Memórias de José Saramago

Após a leitura desta obra do Nobel da Literatura, os alunos do 10º ano (2013-2014) destacaram as memórias de Saramago que mais os marcaram:

a)
No seu livro autobiográfico As Pequenas Memórias, José Saramago, que mais tarde viria a receber o Prémio Nobel da Literatura, narra curtos episódios desordenados da sua infância, relatando assim vários aspetos da sua vida. Um aspeto importante desta última é, sem dúvida, a frequente mudança de de casa de sua família e as suas condições de vida. Com efeito, o autor, cujos pais migraram para Lisboa quando ele tinha apenas dois anos, mudou de morada dez vezes em pouco mais de dez anos. Assim, várias ruas lisboetas são-nos referidas ao longo do livro: Rua E do Alto da Pina, Rua Fernão Lopes, Rua Quionga... Esta frequente mudança não era, porém, devida à limitação económica dos pais que apesar de sempre terem vivido em quartos alugados, sempre pagaram a renda. O escritor faz sobretudo sobre este assunto do tamanho dos apartamentos em que viviam uma reflexão: lembra-se muito bem de dormir no único quarto dos pais, com as baratas a correrem-lhe por cima durante a noite (“Lembro-me de dormir no chão, no quarto dos meus pais (único, aliás, como já disse), e dali os chamar a tremer de medo porque debaixo da cama [...] seres indecriptíveis se moviam [...]”; p. 57). Porém, o pequeno rapaz que era, sempre teve a oportunidade de se distrair longe das ruas lisboetas no “Casalinho” campestre dos seus avós maternos Josefa e Jerónimo!  (MR)
b)

Decidi falar dum aspeto que me chamou bastante atenção e que é o seguinte : a data de nascimento de José Sousa ou Saramago. Sim, José Sousa porque na realidade ao registarem o seu nome, enganaram-se e o encarregado dessa tarefa escreveu Saramago. Na realidade, José Saramago nasceu no dia 16 de dezembro, mas o único problema é que seu pai não estando presente aquando do nascimento tinha 30 dias para registá-lo senão pagava uma multa. Para não pagar essa multa, disse que o seu filho tinha nascido no dia 18 de dezembro. « Na verdade, nasci no dia 16 de dezembro de 1922, às duas horas da tarde, e não no dia 18, como afirma a Conservatória do Registo Civil ». (p.51) Acho estranho uma pessoa não estar registada com a data de nascimento certa. Quando pesquisamos informações sobre o autor temos, como data de nascimento, 18 de dezembro e é uma data errada. Escolhi esse aspeto porque acho interessante conhecer a verdade sobre o autor. (EA)

c)

Sendo o livro As Pequenas Memórias, uma autobiografia do próprio José Saramago, considero que todos os aspetos da vida dele são interessantes. Mas o que mais chamou a minha atenção foram sem dúvida os momentos que ele passou com os avós mas principalmente a avó: « A lareira era pequena, só podíamos lá caber dois, geralmente o meu avô e eu. » (p.93)
Efeitvamente ele considerava a avó como uma pessoa bondosa e faz-nos perceber, com as suas lembranças que a sua avó era uma pessoa muito importante para ele, na sua vida: «Do que me lembro muito bem é de ter a avó Carolina estado doente em nossa casa durante um tempo.” “Durante muito tempo, o cheiro de vinagre quente estava associado na minha memória à avó Carolina. »  (p. 63). Mesmo depois de terem sido poucos momentos, e de já terem sido poucos momentos, e de já terem acontecido há um certo tempo, José Saramago ainda nos explica em detalhes aqueles bons momentos: « Contou-me a avó que a primeira noite a passou o avô Jerónimo sentado à porta da casa » (p.94)
Pela maneira, como o narrador nos apresenta a avó faz nos compreender que ela apreciava a avó imenso: “A avó Carolina, de todos os modos, nunca foi de expansões, por exemplo não me lembro de que alguma vez me tivesse dado um beijo” “A avó Carolina morreu quando eu tinha dez anos.” (p.62) (BR)

d)

Um aspeto da vida do Nobel da literatura referido na obra e que tenha retido a minha atenção foi a família Barata. Na família Barata havia o pai que se chamava João, a mãe Conceição, o filho era Leandro e a filha chamava-se Domitília. Gostei deste aspeto da vida do autor porque achei esta família original e engraçada. Originial pelo nome “Barata”, que também é um nome de insecto. Engraçada pelo fato de José Saramago ter vivido um amor de infância com Domitília. “ Quanto a Domitília, fomos apanhados, um dia, ela e eu, metidos na mesma cama, a brinca ao que brincam os noivos, ativos, curiosos de tudo quanto no corpo existe para ser tocado, penetrado e remexido” (linhas 7,8,9 e 10 p.42)

Da maneira como ele escreveu, usando palávras e vocabulário fácil, podemos perceber muito bem os seus sentimentos e o que ele viveu com esta família. “ Chamava- se Félix e com ele sofri uma das minhas piores assombrações nocturnas, seguramente causadas, todas elas, pelas horripilantes fitas que então nos davam a vere que hoje só dariam vontade de rir.” ( linhas 10,11,12,13 e 14 p. 39)

Ele gostava muito desta família apesar de achar injusta a maneira como o tio,  tratava o filho, Leandro, nao parando de o chamar de “Burro”. “Berrava- lhe o tio: “Acelga, meu Burro, acelga!”, e o Leandro, já a espera da estalada, repetia: “ A cega”. (linhas 29,30 p. 41) (AG)

e)

Um dos aspetos da vida de José Saramago na obra As Pequenas Memórias foi o facto de ele e sua família terem tido como vizinhos durante certo tempo a família de polícias, os Barata. Este ponto reteve a minha atenção primeiramente por causa dos longos parágrafos a tratar deste assunto (pp.38-42), pela descrição muito minuciosa de cada membro da família Barata (« (…) os Baratas eram dois irmãos (…) » (p.39)  « (…) chamava-se António (…) » (p.40), « Tinham dois filhos (…) » (p.40)) e também simplesmente pelo nome original desta família que me ficou registado na memória. (« barata » é o nome de um inseto que não aprecio muito). Finalmente, este ponto reteve a minha atenção pela originalidade e diversidade das personagens evocadas. (ER)

f)

Um aspeto da vida do Nobel da Literatura que mais reteve a minha atenção foi quando o seu pai declarou o seu segundo filho. De facto, o homem que se encarregava disso estava bêbado e acrescentou Saramago a José de Sousa. O filho passou a ter um nome diferente do da família. Este erro só foi descoberto quando o menino atingiu os sete anos e o pai teve que o matricular na instrução primária. “Entrei na vida marcado com este apelido de Saramago sem que a família o suspeitasse, e foi só aos sete anos, quando para me matricular na instrução primária, foi necessário apresentar certidão de nascimento, que a verdade saiu nua do poço burocrático, com grande indignação de meu pai, a quem, desde que se tinha mudado para Lisboa, a alcunha desgostava.” (ll. 15-22, p. 48) E para não ter problemas com a justiça o pai teve de mudar também o seu nome. “ Suponho que deverá ter sido este o único caso, na história da humanidade, em que foi o filho a dar o nome ao pai.” (ll. 1-3, p. 49) É estranho ter de mudar de nome ou acrescentar um outro apelido quando nascemos, porque podemos ter a sensação de ser outra pessoa ou mesmo um estrangeiro.
O que também mais me interpelou neste livro foi o facto de o autor não ter a data exata do seu nascimento no Registo Civil pois o seu pai trabalhava no dia do seu nascimento e só pôde registá- lo no dia 18 de novembro. “Na verdade nasci no dia 16 de Novembro de 1922, às duas horas da tarde,e não no dia 18, como afirma a Conservatória do Registo Civil.” (linhas 16 até 18 p. 51)  
Devia ser difícil para o autor de ter de viver com todas essas dúvidas ao longo da sua infância. (AP)
g)

Um dos aspetos da vida de José Saramago que reteve mais a minha atenção foi o episódio no qual ele nos conta que nasceu no dia 16 só que oficialmente ficara escrito que só nasceu no dia 18, pois há um tempo máximo para registrar os filhos, só que o pai de Saramago não estava em casa quando o escritor nasceu, portanto ele foi registado no dia 18. O narrador fala de esse aspeto da sua vida nas segundas citações : « Na verdade, nasci no dia 16 de Novembro de 1922, às duas horas da tarde, e não no dia 18, como afirma a Conservatória do Registro Civil » (p.51) e « Foi o caso que o meu pai andava nessa altura a trabalhar fora da terra » (p.51). Esse foi o aspeto que mais marcou-me porque o meu bisavô está no mesmo caso de José Saramago. Embora ele ter nascido no dia 29 de julho, oficialmente ele nasceu no dia 4 de Agosto pelas mesmas razões que o autor. Pude então relacionar-me com a confusão que ele deve ter sentido durante a vida por causa disso por ter assistido a vários dos seus aniversários. (JM)

h)
Um dos episódios que me chamou a atenção foi o do arame. Chocou-me pois lembrou-me que as brincadeiras das crianças na altura, eram não só estranhas mas também perigosas. De facto, não vejo qual o prazer de três crianças a enfiar o fio de arame pela uretra de um rapaz. Ao contrário, se estivesse na posição dos três miúdos, até estaria com nojo. Penso que fizeram esse acto mesmo por maldade! Só pararam quando o rapaz começou a sangrar. Este episódio foi o que menos apreciei na obra inteira. Saramago teve uma infância difícil e isso vê-se em vários momentos, este é um deles: “À força (a minha débil resistência de nada podia servir), três ou quatro rapazes crescidos levaram-me para lá. Empurraram-me, atiraram-me ao chão, despiram-me os calções e as cuecas, e, enquanto uns me prendiam os braços e as pernas, um outro começou a introduzir-me um arame na uretra.”; “Talvez o sangue abundante que começou a sair do meu pequeno e martirizado pénis me tenha salvo de pior.” (p. 122) (AS)

i)
José Saramago é uma das figuras mais relevantes da literatura portuguesa pela sua obra. Também se inscreveu na literatura internacional ao receber em 1998 o Prémio Nobel da literatura. O autor decidiu escrever uma autobiografia de forma muito pessoal. Escolheu não fazer uma narração cronológica, mas segue o fluxo das suas ideias e das suas lembranças até aos quinze anos.
Nesta obra encontramos um número considerável de factos interessantes. Um de que me lembro bem é o episódio com a vizinha Deolinda. Ela, de longe, atrai o autor, mas este descobre nela um defeito que não lhe agrada:" Ela era muito bonita, de rostinho redondo, mas, para meu desprazer, tinha os dentes estragados [...]"(p.47) Todavia, José Saramago teria gostado que a menina mostrasse mais interesse na sua pessoa. A sua timidez impediu-o de ir falar com ela.
A vida de Saramago oferece-nos assim uma metáfora realista: as coisas e as pessoas podem atrair-nos de longe ou à primeira vista mas assim que as conhecemos melhor, podemos encotrar-lhes defeitos. Tal é finalmente revelante pois no final da obra, o autor explica que talvez fosse mais jovem do que estimava neste episódio, ilustrando o facto de as lembranças serem tão aleatórias e mesmo voláteis...(TPDC)
 j)

Na obra de José Saramago, "As pequenas memórias" houve sobretudo dois momentos em que fiquei surpreendida. No momento em que ele fala da data de nascimento e do seu nome. El explica que o pai, quando foi declarar o nascimento do seu filho, mentiu sobre a data de nascimento. O pai chegou depois do tempo e teve que atrasar em 3 dias o nascimento para não pagar nenhuma multa: «Na verdade, nasci no dia 16 de novembro de 1922, às duas horas da tarde, e não no dia 18 como afirma a Conservatória do Registo Civil. Foi o caso que meu pai andava nessa altura a trabalhar fora da terra, longe, e, além de não ter estado presente no nascimento do filho, só pôde regressar a casa depois de 16 de Dezembro, o mais provável no dia 17, que foi domingo. É que então, e suponho que ainda hoje, a declaração de um nascimento deveria ser feita no prazo de trinta dias, sob pena de multa em caso de infração.» (página 51). E por causa do nome: quando o pai foi declarar o nascimento do filho o homem que o atendeu, em vez de pôr "José Sousa" acrescentou "Saramago". O que deu o nome "José Sousa Saramago" (o homem estava bêbado): «Que indo o meu pai a declarar no Registo civil da Golegã o nascimento do seu segundo filho, sucedeu que o funcionário (chamava-se Silvino) estava bêbado (por despeito, disso o acusaria sempre meu pai), e que, sob os efeitos do álcool e sem que ninguém se tivesse apercebido da onomástica fraude, decidiu, por sua conta e risco, acrescentar Saramago ao lacónio José de Sousa que meu pai pretendia que eu fosse.» (página 48). Este momento foi importante para mim porque o nascimento é o início de uma história, e a história dele começou com alguns defeitos. (MR)



  • MEMÓRIAS
2014 - Vision des camps d'Auschwitz-Birkenau par les jeunes franciliens (visita da exposição na biblioteca da escola - para mais informações sobre estes textos de memória clicar aqui)

Depois de visitarem a exposição, os alunos escolheram o seu cartaz preferido, descreveram-no prestando atenção:
a) à imagem;
b) ao texto;
c) à relação entre imagem e texto;
d) explicando a escolha do cartaz em detrimento dos restantes que compõem a exposição.

I.



O nosso cartaz preferido foi o do Lycée Théophile Gautier (Beaumont-sur-Oise) intitulado "AUSCHWITZ –BIRKENAU,  Vivre ou Mourir ? ".

A imagem de fundo é o desenho de um caminho-de-ferro em direção a um campo de concentração. Nos lados há seis imagens que evocam as condições de vida nos campos de concentração com algumas legendas que nos relembram as condições miseráveis nas quais viviam as vítimas do regime político da época. As três linhas de caminho-de-ferro têm o mesmo destino, o que pode representar o facto de ser bastante complicado escapar às autoridades nazis da altura. Por outro lado, as legendas e as imagens são bastante expressivas e embora não estejam presentes em grande quantidade dão-nos uma ideia geral do que foi a vida em Auschwitz de forma bastante realista e algo chocante que marca o nosso espírito e que fica registado nas nossas memórias.

A crueldade e a frieza presente nos tratamentos dados aos prisioneiros é aqui marcada pela ironia como, por exemplo, através da frase : "Des morts-vivants plutôt ques des survivants.". 

A simplicidade e a subtileza eficazes, neste cartaz, agradaram-nos bastante e foi por isso que o elegemos o melhor cartaz da exposição, mesmo se a nosso ver, os outros cartazes também são de excelente qualidade. (MR + EA + CMS)

II.


a)
O cartaz que escolhemos intitula-se “Revenir d’Auschwitz”. Começa por tratar diferentes aspetos que marcaram os poucos judeus que sobreviveram.
Ao olharmos para o cartaz vemos em primeiro plano uma linha ferroviária, que nos dá a impressão de estar a chegar ao campo de concentração de Auschwitz. Tanto a Camille como eu tivemos arrepios só de se imaginar a chegada num vagão a ver a entrada para um campo de concentração. As cores sombrias, preto e branco, acentuam esta imagem marcante. É horrível imaginar-se que milhões de pessoas passaram por esta estrada e muito poucas por ela saíram.
O cartaz apresenta quatro fotografias e um mapa. O mapa mostra a fuga dos soldados nazis com os prisioneiros judeus, para os exterminarem noutros campos de concentração quando o exército vermelho (russo) chegou.
Entretanto aparecem quatro textos. O primeiro intitulado “La Libération” dá-nos a conhecer a chegada da armada russa. Trata-se de um documento importante que nos transmite a razão pela qual os Nazis fugiram de Auschwitz.
O segundo texto (“Le long chemin de retour”) informa-nos sobre a dificuldade dos judeus em salvarem-se do campo quando os Nazis fugiram pois a maior parte teve que o fazer pelos seus próprios meios, tendo que resistir ao frio, à fome... Este texto marcou-nos pois criou em nós um sentimento de tristeza e de preocupação em relação a todos esses judeus.
No terceiro texto (“Les Retrouvailles”) dizem-nos como foi difícil o regresso dos poucos judeus sobreviventes a França. Ficamos a saber que a Cruz Vermelha teve uma importância fundamental junto dos judeus, ajudaram-nos, trataram-nos em hospitais...
O último parágrafo (“Reprendre une vie normale?”) informa-nos que dos 76 000 deportados judeus franceses, apenas 2500 voltaram a França. A sociedade francesa estava preparada para os ouvir. Alguns tentaram esquecer tudo rapidamente para se integrarem na sociedade francesa, mas muitos deles não o conseguiram por causa dos problemas psicológicos, como a ansiedade. Começaram a testemunhar unicamente nos anos 80.
Estes quatro textos são trágicos, mas transmitem-nos informação importante sobre Auschwitz e a dificuldade que foi esquecer tudo o que aconteceu e o que foi vivido.

Aconselhamos todos a lerem este cartaz! (AS + CA)

b)

Escolhemos o cartaz do Lycée François Villois (Mureaux) intitulado: REVENIR D’AUSCHWITZ.

Esse cartaz chamou a nossa atenção pela sua originalidade, porque evoca o regresso dos deportados de Auschwitz à vida normal. Com esse assunto, pensávamos que o tema abordado ia ser positivo e feliz. Escolhemos este cartaz porque é um dos únicos a abordar este assunto interessante.

O que também nos chamou a atenção é a boa apresentação do cartaz, ele é completo, tem muitas informações ilustradas por fotografias bem escolhidas. As cores e o tipo de letra do cartaz tornam-no agradável de ver. Além disso, a fotografia do fundo, a principal, é cativante, porque dá uma impressão ao leitor de estar a chegar à saída do campo de concentração e ao fim da guerra. Também consideramos original o mapa do cartaz pois existem poucos mapas na exposição, mostrando bem o caminho seguido pelos deportados.

O cartaz  é claro, está divido em quatro partes, de forma cronológica. No primeiro texto, conhecemos a realidade que os deportados viveram, alguns conseguiram sobreviver à fome e às doenças, mais a maior parte não teve essa sorte.

Os textos estão bem ilustrado com citações, o que nos agradou. Por exemplo no segundo texto com uma citação de Yvette Levy : « Não havia ninguém para nos ajudar ». Ela fala então do regresso dos deportados que quando não eram ajudados por famílias checas e polacas deviam esperar muito tempo antes de receberem ajuda.

Os textos são também reforçados com referências a factos reais. Por exemplo, sabemos com o quarto texto que só voltaram a França 2500 dos 7600 judeus franceses que deixaram o país antes da guerra. Muitos dos sobreviventes guardaram sequelas, como problemas psicológicos ou de ansiedade. Para concluir escolhemos esse cartaz pela sua clareza e originalidade na abordagem do tema. (AA + TG)

c)

Este póster apresenta a dificuldade e as condições das vítimas regressando do campo de concentração de Auschwitz. Mesmo se alguns já tinham sido libertados pelos nazis, nem sempre todos conseguiram essa libertação. As cores dominantes – o preto e o branco - são sombrias e estão em sintonia com o tema abordado. Destacam o tempo que passou, o desespero e a dor sofrida por estes prisioneiros do campo de Auschwitz. 


Achamos que os quatro textos que acompanham as imagens são muito atraentes pois apresentam a informação de maneira detalhada e de forma a que o leitor fique surpreendido com a história recordada pelo cartaz: "Ma mère ne m'avait pas reconnue, et moi non plus, elle m'a donc appellée au micro". É incrível como certas pessoas depois de suportarem anos nos campos de concentração, morreram no regresso a casa por falta de meios. A imagem de fundo mostra um caminho férreo vazio, uma imagem bem escolhida e bem colocada no cartaz, pois defende bem a ideia do longo e penoso caminho de regresso a uma vida normal, do regresso à paz. 


Por último, mas não menos importante, temos o título cuja importância não podemos descurar já que introduz claramente o tema do cartaz ao leitor. (MF+DG)
 



 III.

Este cartaz é na minha opinião o mais interessante. É um cartaz original que põe em valor o sofrimento dos deportados de Auschwitz.

O TEXTO

Os alunos deste liceu tiveram a ideia mais inteligente quanto ao texto. De facto, este cartaz não só tem uma pequena introdução que resume o massacre feito pelos nazis, 6.000.000 de mortes, como também recolhe vários testemunhos de deportados. É interessante poder recordar este período histórico através da experiência pessoal das vítimas deportadas que contam as suas próprias histórias.


AS IMAGENS

As imagens foram bem escolhidas. Temos a escolha entre imagens dos anos 40 e do século vinte. Todas as imagens são tiradas de campos de concentração. Temos uma imagem do comboio aludindo às condições em que os deportados viajavam, uma imagem que mostra todos os bens confiscados aos prisioneiros ("vêtements, chaussures, dents en or, et même les prothèses des invalides."). Escolheram também imagens mostrando o interior e o exterior dos campos o que mostra aos visitantes da exposição o ar de prisão que tinham estes. Até temos uma fotografia das ruínas de um campo.

ORIGINALIDADE
Gostei da citação que introduz o cartaz "Arbeit macht Frei" o que supõe que graças ao trabalho e à resistência física, e sobretudo mental, dos deportados, eles podiam reencontrar a liberdade. Os testemunhos apresentados em bolhas de banda desenhada dão originalidade ao cartaz que não é muito colorido o que está em sintonia com a tristeza e a tragicidade do tema abordado.


O melhor cartaz da exposição! (EP)

IV.


O cartaz que preferimos foi o do liceu Jehan de Chelles intitulado “ Auschwitz-Birkenau ou comment détruire l’humain.”
Primeiro, o título introduz bem o tema abordado: o horror no campo de exterminaçao de Auschwitz. O cartaz baseia-se inteiramente no título sem transbordar o tema: este campo é uma máquina de aniquilamento do ser humano. Este trabalho está dividido em três partes claras: a deportação, o enclausuramento e a submissão das vítimas.
Segundo, os textos são poucos mas eficazes. De facto, os realizadores deste trabalaho poram citações constructivas a fim de não estorvar o cartaz e completar as imagens. As citações escolhidas dão mais vida ao cartaz e enriquecem a compreensão do assunto abordado.
Terceiro, as imagens são a grande força deste cartaz. De facto, cada imagem tem um sentido. Por exemplo, mostrar o número de mortes através de um monte de sapatilhas, ou mostrar a solidão das vítimas quando se vê um homem, sozinho, de perfil, numa posição que exprime a solidão e o cansaço. Os numerosos retratos de várias vítimas desfocadas em segundo plano destacam o número de mortos por causa da raiva nazi.
Enfim, os realizadores deste trabalho não se limitam a dar informações objectivas, interpretam-nas a fim de nos fazer perceber da gravidade destes acontecimentos que foram os campos de concentrações. Por exemplo, não só se dá o número de mortos no campo de exterminação de Auschwitz, mas também compara este número à população de Seine-et-Marne, o que nos ajuda a ter uma noção da quantidade de vítimas. (MG+PV+TPDC)
V.


a)
« Au bout de ces rails…que voit-on vraiment ? »
Neste cartaz a cor cinzenta é omnipresente. Temos vários tons de cinzento, uns mais claros e outros mais escuros. O cartaz està dividido em 3 partes.
Na primeira parte, o fundo é cinzento claro, onde estão escritas frases pretas. Se nos aproximar-nos mais do cartaz podemos observar retratos de pessoas. Podemos interpretar esses retratos como sendo os das vítimas do campo de concentração.
Na segunda parte do cartaz as cores são mais escuras, um caminho-de-ferro está representado e na linha do horizonte destaca-se o que se supõe ser um campo de concentração. No topo desta parte està escrito algo que nos pode ajudar a perceber a mensagem do cartaz “Au bout de ces rails... que voit on vraiment?” e em baixo da imagem recordamos “L’essentiel est invisible aux yeux” uma citação do Principezinho de Saint-Exupéry.
 A terceira parte é igual à primeira à exceção dos retratos que se transformaram no que se supõe ser uma parede eletrificada.
Gostamos deste cartaz pelas duas frases que estão escritas na segunda parte. Achamos estas frases muito enigmáticas, ajudam-nos a perceber a mensagem que os autores do cartaz nos querem fazer passar. Ao fim do caminho-de-ferro distinguimos um campo de concentração. As duas frases podem significar que os deportados não sabiam muito bem para onde eram levados só no fim do caminho-de-ferro podiam perceber um campo de concentração. Podemos interpretar o fim da vida dos passageiros dos comboios, neste caso os judeus. O que se vê realmente ao fim deste caminho é a morte. (AG+AP)
b)

O nosso cartaz preferido foi o do liceu Darius Milhaud (Le Kremlin-Bicêtre)

Sabemos que os campos de concentração foram muito cruéis, e que de certeza, nunca ninguém esquecerá o de Auschwitz. Para nós foi este o cartaz que melhor transmitiu o sofrimento pelo qual passaram os detidos. Primeiro pela imagem central deste cartaz. Podemos ver, no primeiro plano, duas silhuetas de ferro, que podem representar uma família porque podemos distinguir o corpo de uma mulher, de um homem e duma criança, são corpos sem alma, sem qualquer vida. Estas silhuetas fazem referência aos detidos que eram considerados como sendo uma raça inferior, seres sem vida. No segundo plano, que está desfocado, podemos distinguir a entrada do campo de concentração que parece ser o de Auschwitz. O facto desta imagem estar desfocada reflete o espírito e a mentalidade dos detidos que não sabiam para onde iam e o que os esperava. O segundo plano também faz referência ao título: «Au bout de ces rails... Que voit-on vraiment ?» ou seja «No fim destes carris... Que vemos nós realmente?», pois não vemos quase nada a não ser um exterior que não nos deixa ver o que pode acontecer por trás de uma porta de entrada. O subtítulo «L’essenciel est invisible pour les yeux», que significa «O essencial é invisível aos olhos», citação retirada do livro O principezinho (que representa, entre outras coisas, a liberdade da imaginação e a liberdade de pensar) aqui torna-se muito contraditório, quando comparado com o tema da exposição, pois os detidos eram levados para os Campos de Concentração por não poderem pensar ou serem aquilo que queriam, por terem uma religião específica. Esta citação relembra-nos que a frase «as aparências iludem» se aplica perfeitamente ao ocorrido em Auschwitz-Birkenau (e em outros campos de concentração) já que durante a guerra não se sabia o horror praticado pelos nazis. Até a população civil alemã desconhecia o que ocorria por trás das fachadas destes campos. O poema que acompanha a imagem transmite emoções fortes e alude à total ignorância e inocência das pessoas que eram levadas para os campos de concentração, não sabiam para onde iam, e o que lhes iria acontecer. Agora sabemos a verdade, tudo aquilo que aconteceu e o sofrimento pelo qual passaram os prisoneiros. Graças a exposições deste tipo realizadas por colegas nossos do ensino secundário! (MV+AF)


VI.



a)
O nosso cartaz favorito é « Le poids d’un souvenir ». Este último capta diretamente a atenção do espetador pela profundidade da fotografia usada em último plano. Além disso, a apresentação e as cores retratam perfeitamente o ambiente macabro do campo de concentração.  A sucessão de palavras-chave no centro da composição tem como objectivo representar os sentimentos dos deportados, que avançam a pouco e pouco em direção à morte. Esta decadência de palavras sobressalta e é sublinhada pela cor vermelha usada, cor do sangue e da morte, que faz diretamente nascer no espetador um sentimento de compaixão pela violência sofrida por todos esses inocentes. As imagens nos quatro cantos do cartaz destacam o facto de o holocausto não só ter roubado a vida de milhões de judeus, mas também põe em destaque as recordações que ele suscita, daí o título « Le poids d’un souvenir », isto é « O peso duma lembrança ». Este título representa o peso que temos na nossa consciência, como o peso de todos os objetos pessoais que os deportados nos deixaram.
Podemos referir ainda a maneira de apresentar as informações no cartaz, muito simples de compreender. A leitura por pontos facilita a compreensão: o leitor vai diretamente ao essencial e não se aborrece com uma leitura exaustiva nem inútil. Assim, aparecem unicamente algumas datas e alguns números importantes para a mensagem que se quer transmitir.
Por outro lado, gostamos muito da citação situada abaixo do título, que revela a intenção dos alunos ao criar este cartaz e divulgar o que aconteceu em Auschwitz. Com efeito, « aquele que não se lembra da história está condenado a repeti-la », o que nos leva a tomar consciência do que se passou realmente num campo de concentração, para evitar que um drama deste género aconteça de novo.
Por fim, podemos dizer que este cartaz transporta o leitor ao mundo obscuro, cheio de violência e agressividade que se viveu no campo de concentração de Auschwitz-Birkenau. (MR+ER)
b)

Nesta exposição estavam expostos alguns cartazes de varios liceus diferentes sobre o campo de concentração de Auschwitz e os seus acontecimentos. Muitos me chamaram a atenção, mas aquele que a “monopolizou” foi o cartaz do liceu Marie Curie.

Este cartaz chama a atenção do observador pela cor vermelha que sobressai à imagem de fundo do campo de Auschwitz. O seu título “ Le Poids d’un Souvenir” é enigmático e profundo. Contrasta com o texto situado na parte direita do painel onde está escrito o número de mortos. As lembranças não são só uma, são 1,3 milhões por isso o seu peso é enorme. A imagem de fundo é a entrada para o campo de concentração, é uma imagem sinistra pois o campo está vazio e lembramo-nos de todas as pessoas que passaram por lá. As suas cores tristes e a pobreza do cenário relembram-nos o horror de Auschwitz. No centro do cartaz estão várias palavras por ordem crescente do que representou para um deportado este campo de concentração. Começa por “porquê?” e acaba com “morte” passando por “desumanização” “imoral”.

À esquerda, simetricamente ao texto da direita, algumas datas importantes da vida do campo: 27 de abril de 1940 - abertura do campo, unicamente destinado ao enterro dos polacos mortos. 18 de abril de 1941 - primeiros judeus deportados. 18 de janeiro de 1945 - evacuação geral de Auschwitz. E por baixo o seu objetivo: Erradicar os “parasitas” para que a raça Ariana possa sobreviver. Os detidos não eram mais nada, só possuíam um número tatuado nos seus corpos, para servir de identidade.

Mais uma vez o titulo contrasta com elementos do painel. Neste caso são as duas imagens à esquerda e à direita deste. Num lado, centenas de sapatos, no outro, dezenas de panelas. Elas representam todas as pessoas que passaram por aqui e alimentam a nossa imaginação quando olhamos para a imagem de fundo. Este cartaz é realista pois as portas do campo esta abertas à nossa frente como se fossemos deportados e estivessemos às portas da “morte”. Felizmente trata-se de uma imagem. E por isso imaginamos o horror que as pessoas viveram.

Na minha opinião este cartaz é o melhor, homenageando todos os deportados e dando uma imagem sinistra e realista do campo de Auschwitz. (MD)
VII.


Na exposição visitada este cartaz é para nós o mais interessante por várias razões. Umas delas é a disposição das diferentes ilustrações. O cartaz é composto por uma pirâmide central, por um poema à esquerda e por fotografias…  A forma piramidal no centro atrai o olhar e quando nos aproximamos mais do póster descobrimos outros elementos mais discretos (fotografias das vítimas, documento de identificação, o crematório...). Em comparação com outros cartazes, esse é mais claro, e como texto tem só um poema. Da autoria de Joseph Edery Wekine onde se denuncia a falta de consideração que temos hoje em dia por aquilo que se passou há cerca de 70 anos. Refere também as vítimas da injustiça nazi “que reste-t-il parmis ces corps et ces civils / Qui par malheur étaient nés Juifs” Isso é mais pungente que um texto, atinge-nos em termos de sentimentos. Até temos a impressão que ele fala em nome de todos os judeus que morreram nos campos de concentração. Este simples poema marca-nos profundamente na consciência, o eu lírico faz-nos sentir culpados por termos esquecido, “oui que reste-t-il aujourd’hui de ces crimes inutiles ?/ Une maison en carton et des piscines inutiles !”. Com as duras palavras utilizadas, e ao mesmo tempo sensíveis, faz com que o leitor consiga ficar emocionado na leitura. O arame farpado que envolve a pirâmide acrescenta uma ponta de violência à mensagem do cartaz, semelhante à violência desses atos antissemitas. (KL+JMS)

 VIII.


O que resta depois da Segunda Guerra Mundial... “Nothing”
O cartaz que mais nos marcou foi o do Liceu Internacional “76252”, dedicado a Marlyse Marx-Wittenberg.
Com apenas uma imagem como fundo, chama-nos mais a atenção e é mais atrativo para o visitante da exposição, porque tendo pouco texto focamos o olhar no significado da imagem, que costuma ser, num cartaz, a parte mais apelativa. Os limites de um campo de concentração do qual reconhecemos o arame farpado, os muros altos e velhos, sem aberturas e edifícios que parecem prisões. No cartaz, encontramos duas chaminés de pedra nos edifícios baixos e cinzentos rodeados por muros exteriores: estas remetem para a forma cruel e desumana como foram mortos grande parte dos 60 milhões de pessoas que morreram durante a guerra de 1939-45, nas câmaras de gás nazis, atacados com armas químicas que não podiam combater.
Toda a composição do cartaz passa a ideia de prisão, de injustiça, de horror que foi o Holocausto. O corvo preto no poste de eletricidade, em primeiro plano, não augura nada de bom, e simboliza a morte, uma tragédia, todos os mortos e sacrificados da guerra.
O poema “NOTHING”, em baixo à esquerda, escrito por Louis Jamart, que é o único texto do cartaz, evoca o “nada” que resta de todos os que foram aniquilados, apagados da superfície da Terra, durante esta horrível guerra, como nos mostra esta estrofe:
“Strand by strand, hair by hair, shoe by suitcase,/ signs of life within death, but here life is/ Nothing” (ICR+FB)

IX.


O nosso cartaz preferido é "Survivre à Birkenau", porque o texto está completo, ensina-nos muitas coisas interessantes sobre este campo de concentração, e é ilustrado por imagens muito bem escolhidas e apropriadas. O cartaz foi realizado pelos alunos da CFA du Garac, em Argenteuil.
O tema principal do painel são as condições de vida (alimentação, doenças, higiene, a "chamada", e um campo de concentração específico: o de Birkenau). Este tema sensibiliza e afeta o leitor porque mostra claramente o sofrimento que os deportados viveram. Também há uma estrela de David no centro que nos interpela por ser o símbolo da discriminação dos nazis para com os judeus. A imagem de fundo permite-nos visualizar o ambiente em que os judeus viviam, é uma imagem a preto e branco, com caminhos-de-ferro vazios, e muito campo à volta, uma imagem que nos faz sentir a tristeza do local.
No parágrafo intitulado "L'appel", podemos perceber que quando os chefes alemães decidiam, os prisioneiros tinham de se reunir num sítio específico (o sítio da "chamada") e no caminho, apanhar e levar com eles os cadáveres das pessoas que morriam durante a noite. Na imagem correspondente observamos uma multidão de pessoas reunidas como se estivessem à espera de ordens superiores.
No parágrafo intitulado "L’hygiène", a imagem ilustra o texto que nos explica que os judeus se lavavam, iam à casa de banho e viviam na sujidade. Durante a Segunda Guerra Mundial, os judeus só podiam tomar banho de quatro em quatro meses e além disso, tinham de limpar as sanitas apenas com uma pá. A imagem representa um sanitário extremamente básico: as sanitas eram um simples bloco de pedra com buracos redondos onde as dejeções se sobrepunham.
Em "Le travail", o texto explica-nos que os deportados trabalhavam no mínimo 12 horas por dia, e percebemos que a duração de vida nos campos e em condições tão extremas não ultrapassava 9 meses. Na imagem que corresponde a esta questão, observamos que o trabalho é muito duro: os deportados cavam com uma pá o dia inteiro.
No parágrafo seguinte intitulado "Les maladies", aprendemos que devido às más condições de vida, os prisioneiros adoeciam frequentemente, o que todos temiam, porque adoecer significava que não podiam trabalhar, e isso aproximava-os da morte. Neste ponto, o texto não está ilustrado por qualquer imagem.
"La nourriture" é um parágrafo que nos mostra que havia uma falta de alimentos para os deportados, o que provocava muitas doenças. Também nos diz que eram alimentados com poucas rações. A imagem representa um grupo de homens extremamente magros, quase esqueléticos, o que nos impressionou bastante.
Por fim, no último parágrafo, é-nos apresentado o campo de Birkenau, o tema principal do cartaz, que foi construído para acolher os detidos nas guerras soviéticas: nele viveram mais de 1 milhão de judeus, mais de 960000 homens foram gaseados mal deram entrada no campo de concentração. (AR+IR+CS)
X.
(JM+BR)
  •  DIÁRIO
UMA SUGESTÃO DE LEITURA QUE COMPLEMENTA MUITO BEM A EXPOSIÇÃO QUE VISITÁMOS NO CDI NESTE FINAL DE ANO LETIVO (2013-2014):
Sinopse: 
Em abril de 1945, cerca de um ano após ser presa pelos nazistas e enviada como prisioneira para Auschwitz, Lili Jaffe (cujo nome de solteira era Lili Stern) foi salva pela Cruz Vermelha e levada à Suécia. Lá, ela anotou num diário os principais acontecimentos por que havia passado - a captura pelos alemães, o cotidiano no campo, as transferências para outros locais de trabalho, mas também a experiência da libertação, a saudade dos pais e a redescoberta da feminilidade. Esse diário foi o ponto de partida para este livro, escrito e organizado por Noemi Jaffe. Na obra, três gerações de mulheres da mesma família se debruçam sobre o horror de Auschwitz, no impulso - tão imprescindível quanto vão - de, como observa Jeanne Marie Gagnebin, tecer um agasalho 'contra a brutalidade do real'.
ISBN: 8573265027
ISBN-13: 9788573265026
Idioma: português
Encadernação: Brochura
Altura: 21 cm
Largura: 14 cm
Peso: 0,271 kg
Edição:
Ano de Lançamento: 2012
Número de páginas: 240
in http://www.livrariacultura.com.br/scripts/resenha/resenha.asp?nitem=30372013&ranking=2&p=noemi&typeclick=3&ac_pos=header&origem=ac, consultado a 27-5-2014.
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  • CAMÕES LÍRICO
  • CARTA
  • RETRATO

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